sexta-feira, 29 de abril de 2011

PRIMEIRO DE MAIO: DIA DE LUTA E RESISTÊNCIA DA CLASSE TRABALHADORA

 imagemNOTA POLÍTICA DO PCB

Crescem os desafios da classe trabalhadora neste ano de 2011. A crise econômica mundial continua a fazer estragos em vários países, como resultado do regime de economia de mercado, o qual coloca em risco a sobrevivência da espécie humana, ao desprezar as necessidades básicas dos trabalhadores, apenas para garantir a manutenção dos enormes lucros obtidos por bancos e grandes corporações capitalistas. O recrudescimento da crise internacional do capitalismo deverá encontrar no Brasil um governo não mais disposto a liberar crédito para aumentar o consumo (na verdade, uma política de endividamento crescente da população em favor do lucro dos bancos e da cooptação das camadas populares para a ilusória sensação de melhoria das condições de vida).

O Governo Dilma, em suas primeiras ações, voltou a atender prioritariamente as vontades e necessidades dos grandes banqueiros e empresas nacionais e multinacionais, optou por um salário mínimo de R$ 545,00 (praticamente 0% de reajuste, em termos reais) e, sob os argumentos de combate ao “retorno da inflação” e ao desequilíbrio das contas públicas, cortou cerca de R$ 50 bilhões no orçamento (atingindo, como sempre, as despesas com investimentos na área social) e aumentou as taxas de juros, jogando nas costas dos trabalhadores todo o peso dos efeitos do déficit promovido pelo governo.

O que não se cortou e, pelo que tudo indica não será cortado, são os gastos com o pagamento de juros da dívida brasileira. Só no ano de 2010, o Brasil retirou cerca de 200 bilhões de reais dos cofres públicos para pagar a dívida interna, deixando de investir grande parte do PIB na melhoria das condições de vida da população. Se a economia brasileira cresceu a uma taxa recorde de 7,5% em 2010, conforme anunciado pelo IBGE, alçando o país ao posto de sétima economia do mundo, a desigualdade social aprofundou-se e o Brasil ocupa hoje a 70ª posição no ranking mundial do IDH (Índice do Desenvolvimento Humano).

Lula deu continuidade à política macroeconômica da era FHC, aplicando apenas uma política compensatória mais agressiva. Dilma segue a cartilha de Lula, com a diferença de que porá o pé no freio em relação aos gastos sociais, atendendo aos ditames do mercado mundial, em que a palavra de ordem é o ajuste fiscal, política esta que só faz rebaixar ainda mais a qualidade de vida dos trabalhadores em todo o mundo para salvar os grandes capitalistas da crise criada por eles mesmos.

O Governo Dilma já anunciou a retomada dos leilões dos campos de petróleo e de áreas de exploração no pré-sal, mantendo a política de dilapidação dos recursos naturais brasileiros, no momento em o presidente dos Estados Unidos reafirma para o mundo a intenção de recuperar a primazia dos interesses estadunidenses e de suas empresas no mercado global, dando provas desta intenção ao mandar bombardear a Líbia, precisamente quando estava em visita ao Brasil.

Os primeiros meses do Governo Dilma foram também demonstrativos da crescente insatisfação de diversos grupos sociais, tais como as manifestações de estudantes e de trabalhadores em protesto contra a elevação dos preços das passagens de ônibus em várias cidades do Brasil, nas quais a violência policial sempre se faz sentir. Os trabalhadores da construção civil ligados às obras do PAC também reagiram às condições de superexploração e semiescravidão impostas pelas empreiteiras – empresas multinacionais, como a Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Mendes Júnior e outras – muitas delas financiadoras das campanhas eleitorais do PT e de seus aliados. Mais de 80 mil trabalhadores já cruzaram os braços nas obras espalhadas pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. As centrais sindicais governistas, cumprindo o papel de conciliadoras, foram chamadas a combater o ânimo dos trabalhadores para assegurar a continuidade das obras, sem mais conflitos, nas obras onde estão trabalhando mais de um milhão de operários.

Essas mesmas centrais irão repetir este ano as grandes festas no 1º de Maio, com artistas famosos, distribuição de brindes, bebidas e sorteios, além de muito discurso a favor do Governo e do “pacto entre trabalhadores e patrões”. A velha máxima do “pão e circo” será a tônica em muitos centros urbanos do país, buscando desarmar ideologicamente a classe trabalhadora brasileira no enfrentamento ao patronato e ao sistema capitalista.

Denunciamos esse tipo de manipulação e promoção de alienação junto à classe trabalhadora, como se tudo estivesse bem e não houvesse contradições a serem denunciadas sobre o Governo e o sistema capitalista, que continua retirando direitos e desmantelando a rede de proteção social da classe trabalhadora.
O PCB entende que é hora reforçar a unidade dos movimentos populares, das forças de esquerda e entidades representativas dos trabalhadores, no caminho da formação de um bloco proletário capaz de contrapor à hegemonia burguesa uma real alternativa de poder popular, com a organização da Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, que possa ordenar ações unitárias contra o poder do capital e do imperialismo, rumo à construção da sociedade socialista.

Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

Salário mínimo do Dieese.

Fim do imposto de renda sobre os salários.

Solidariedade internacionalista à luta dos trabalhadores.

Unidade da classe trabalhadora numa Frente Anticapitalista e Anti-imperialista.

COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO

quinta-feira, 31 de março de 2011

Alan Woods no Brasil!

imagemCrédito: Esquerda Marxista
Caio Dezorzi

O escritor e teórico marxista britânico Alan Woods vem ao Brasil expor suas análises sobre a Revolução dos Povos Árabes e a Crise do Capitalismo Mundial em Conferências Públicas. Confira a programação!

O mundo está passando por um novo estágio da luta de classes. Todos temos acompanhado pela imprensa os desdobramentos em dezenas de países do norte da África e Oriente Médio que a partir das revoluções na Tunísia e no Egito, tem provocado revoltas populares que têm derrubado governos e enchido de esperança os corações das massas trabalhadoras em todos os cantos do mundo.

Além disso, vimos no ano passado como os trabalhadores europeus se levantaram em vários países com greves gerais e manifestações de massa nas ruas, combatendo as medidas que levam os trabalhadores a pagar pela crise. Este ano os trabalhadores europeus continuam mobilizados: os gregos já fizeram mais uma greve geral e ocorreram manifestações gigantescas em Portugal e na Inglaterra.

Como se isso não bastasse, nos próprios EUA, mais precisamente no estado de Wisconsin, na capital Madison, trabalhadores se levantam contra o governador que quer impor leis anti-sindicais. Milhares vão às ruas e ocupam a Assembléia Legislativa de Wisconsin comparando o governador do estado com o ex-ditador egípcio Mubarak.

Para discutir e compreender melhor toda esta situação, a Editora e Livraria Marxista convidou o escritor e teórico marxista britânico Alan Woods, que virá ao Brasil especificamente para dar conferências com o tema: “A Revolução dos Povos Árabes e a Crise Capitalista Mundial”.

O giro de Alan pelo Brasil contará com um encontro na fábrica ocupada Flaskô, em Sumaré-SP (região de Campinas) e uma conferência em São Paulo convocada pela CUT-SP, Sindicato dos Químicos de SP e Sindicato dos Vidreiros de SP. Já no Rio de Janeiro, a atividade será no Sindicato dos Petroleiros do RJ. Além disso, Alan deverá discursar em universidades como a USP, UFPE e UFSC.

No final do ano passado, Alan esteve em Havana onde falou sobre a crise capitalista mundial em um seminário organizado pelo Partido Comunista Cubano. Agora está em um giro pela América Latina expondo suas análises em conferências públicas. Na semana passada, na Bolívia, mais de 800 pessoas o assistiram (mais de 500 pessoas em Sucre e cerca de 300 pessoas em Santa Cruz de La Sierra). No momento em que este artigo é escrito Alan está fazendo o mesmo na Argentina.

Alan Woods tem mais de 50 anos de militância comunista na Europa, tem inúmeros livros publicados em mais de 10 idiomas, é editor do site “In Defense of Marxism” (“Em defesa do Marxismo” - www.marxist.com) que tem o maior conteúdo de análises políticas na internet sobre a crise do capital que teve início em 2007/2008 e a revolução dos povos árabes que começou este ano.

De sua obra, destacamos o seu último livro sobre a Revolução Venezuelana “Reformismo ou Revolução - Marxismo e Socialismo do Século XXI: uma resposta a Heinz Dieterich” que foi recomendado pelo presidente Hugo Chávez em rede nacional de televisão na Venezuela. Além disso, Alan Woods é autor também, em parceria com Ted Grant, do livro “Razão e Revolução: Filosofia Marxista e Ciência Moderna”. Editada no Brasil em 2007 pela Editora Luta de Classes essa obra já foi publicada em mais de 30 países e trata das mais diversas áreas da ciência moderna desde um ponto de vista do materialismo dialético, o que a tem tornado referência entre muitos acadêmicos de esquerda.

Confira a programação:

31/03 (quinta) às 18:30
UFSC em Florianópolis
Mini-Auditório do CFH
Universidade Federal de Santa Catarina

02/04 (sábado) às 16:00
IELUSC em Joinville
Auditório do SINDIPETRO-RJ
Av. Passos, 34 - Centro

04/04 (segunda) às 18:00
Rio de Janeiro
Auditório do SINDIPETRO-RJ
Av. Passos, 34 - Centro

05/04 (terça) às 19:00
UFPE em Recife
Auditório do Centro de Educação da UFPE
Universidade Federal de Pernambuco

06/04 (quarta) às 18:30
USP
Auditório da Casa de Cultura Japonesa na USP
Próximo ao prédio da História e Geografia na FFLCH
Cidade Universitária – São Paulo

07/04 (quinta) às 10:30
Fábrica Ocupada FLASKÔ
Rua Marcos Dutra Pereira, 300
Sumaré – SP (próximo a Campinas)
Km 107 da Rodovia Anhanguera

07/04 (quinta) às 18:00
São Paulo
Sindicato dos Químicos de SP
Rua Tamandaré, 348 – Liberdade
(próximo ao metrô São Joaquim)

Adquira a coletânea de artigos de Alan Woods:Tremores Revolucionários: uma análise marxista da atual onda revolucionária nos países árabes”!

Fonte: http://www.marxismo.org.br/index.php?pg=artigos_detalhar&artigo=726

PCB de Cascavel comemorou 89 anos prestigiando a cultura

Nos 89 anos do PCB, o Comitê de Cascavel ganhou uma foice de presente. A oferta foi do Grupo de Teatro Arquétipos, que também homenageou o secretário de comunicação, Alceu Sperança, com medalha de honra ao mérito pelo apoio ao setor cultural.

O Grupo Arquétipos é um dos mais ativos do Paraná. Dedicado ao teatro popular e outras atividades multimídia, o Arquétipos prepara sua participação no Festival Nacional de Teatro, a se realizar em abril, em Curitiba, exibindo a peça Sombras de um Passado.

A peça aborda o sofrimento psíquico de um marginal, Pedro, que sai do campo e vai para a cidade. Às voltas com suas lembranças e fantasmas, percorre vivências traumáticas antigas e problemas concretos do presente.


Feminismo, DSTs e o contraste urbano/rural fazem parte das temáticas da peça, construída para ser o carro-chefe de um projeto de oficina cultural multimídia.

Miguel Joaquim das Neves, ator e diretor do Grupo Arquétipos, desempenha com suavidade e humor o papel do marginal/retirante Pedro, que ao encontrar uma garota caipira que viveu na localidade de onde ele veio, representada por Solange Esequiel, hoje uma das melhores atrizes do teatro paranaense, é colocado diante de lembranças e realidades que vão do bem-humorado ao assustador.

A seguir, cenas da peça:



Solange Esequiel e Miguel Joaquim das Neves, em momento dramático


Solange recita poema de um livro de autores cascevelenses



O marginal Pedro expressa arrependimento



 
 

A atriz Solange Esequiel, em ótimo desempenho


Depois da peça, coquetel à base de laranjada e garapa. Nada de bebida alcoólica!


Alceu Sperança recebeu medalha de Honra ao Mérito e o PCB ganhou uma foice novinha. O martelo virá nos 90 anos, em 2012

sábado, 26 de março de 2011

Seminário Nacional sobre Universidade Popular

Reunião em Porto Alegre (RS) dá sequência à construção do
1° Seminário Nacional sobre Universidade Popular

25/03/2011, por CCLCP

Em torno de quarenta pessoas – entre elas representantes de mais de 20 entidades, das quais 5 executivas e federações de curso, além de organizações políticas, movimentos – estiveram presentes na segunda reunião de organização do 1° Seminário Nacional sobre Universidade Popular. Muitos ainda justificaram ausência, principalmente por questões estruturais e de agenda.

A reunião ocorreu nos dias 19 e 20 de Março, na sede da pós-graduação em Desenvolvimento rural e no Diretório Central dos Estudantes da UFRGS, respectivamente. A discussão girou em torno do caderno de apresentação do Seminário (que deverá sair até meados de Abril), análise de conjuntura da universidade brasileira e perspectivas para a construção do Seminário, repasse das tarefas e articulações feitas após a reunião de Dezembro que ocorreu em Florianópolis, bem como visualização de uma primeira proposta de programação para o encontro.

O clima da reunião foi extremamente fraternal, algo infelizmente ainda um tanto incomum de se ver nos espaços atuais de articulação da esquerda. Trabalhando sempre com o consenso, as organizações presentes conseguiram afirmar as linhas gerais de concepção do Seminário, em uma visão comum da necessidade de articular dialeticamente as discussões e lutas imediatas à construção de um programa estratégico para a universidade brasileira. Entende-se que a construção da estratégia da Universidade Popular está articulada com a construção do movimento que luta por ela (o êxito desta compreensão é demonstrado pela história) e que, por sua vez, deve contribuir para a reorganização do movimento universitário como um todo.

A reunião também tirou os indicativos de local e data, provavelmente em São Paulo no início de setembro, a ser confirmado até meados de Abril. Esperamos que outras organizações, entidades, indivíduos, se somem na construção deste Seminário, seja participando dele em si, das reuniões preparatórias ou com contribuições escritas.

Viva o 1° Seminário Nacional sobre Universidade Popular!

CRIAR, CRIAR, UNIVERSIDADE POPULAR!

Fonte: Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes - www.cclcp.org

Postado por: UJC NACIONAL